"Acho que eu passo muito pouco tempo no presente. Passo grande parte dele no passado, mas a maior parte do tempo estou tentando adivinhar o futuro. É a minha tentativa desesperada de conseguir algum controle sobre algo que não posso controlar."
Não, não vou escrever de novo sobre futuro, afinal, já sei que a única coisa que posso fazer é entregar a Ele e relaxar.
Vou falar sobre o presente e o quanto ele não seria tão bom como é se tudo o que eu já pedi e implorei há tempos atrás estivesse acontecendo. Pelo fato de sempre pensar no futuro, antigamente pedia coisas para hoje (e vejo: eram absurdas!). Dá pra entender?
É.. acho que nem eu entendo direito!
É como se fosse assim:eu queria (no auge dos meus cinco anos) ser professora e tinha certeza de que seria, todo meu futuro já estava planejado... até eu mudar de ideia!
Depois, quando me pediam: "o que tu quer ser quando crescer?" na hora já pensava: modelo! E não respondia "quero ser..." já falava "vou ser..."
Quando quero algo sou muito decidida e fico braba quando as coisas não dão certo, ou aparentam não dar certo.
Quero algo e quero agora! Peço, peço e depois de um tempo percebo que foi melhor que as coisas não aconteceram mesmo. Fico muito feliz que Deus não atendeu todos os meus desejos do passado e agora, consigo enxergar claramente que Ele tem um plano mesmo.
Hoje percebo o quanto foi bom não ter viajado como modelo, o quanto é bom ter pais sempre "no pé" e amigas sinceras.
Ainda bem que tudo muda, e muda rápido (:
Quero crer que os caminhos de Deus são sempre certos, sem tentar descobrir coisas por conta própria ou fazer minhas regras.
céu de vidro
ResponderExcluiro tempo me (ex)pulsou
a vida inteira
e mudo estou
para explodir em versos
ao vento ligeiro
não quero o céu profundo
dentro em mim mas o que inflama
toda a poesia que arde em chamas
um jardim para meu fim:
rumores de asas flores pássaros
sobre todas as cinzas
pedras sobre a terra
pela última vez dispostas
nos poros desatados deste corpo
por trás dos sonhos
sinto-me leve de meus pulsos
que gritam toda a nódoa do mundo
quem quiser saber o que fui
afogue-se em meus poemas
nesta manhã desventrada dos céus - o silêncio -
ouço apenas o silêncio
o tempo é escasso
e quando o sol se pôr
estarei livre dos sonhos
de meus versos guardados
tudo se esvai - até a dor do poema -
a cova arde
como um inferno de dante
ah ! dirão: covarde
e por toda (p)arte
o meu amor é preciso
agora um f(r)io denso me invade
e por toda parte
é o meu amor preciso
- quero inventar um poema:
um vento de seda -
borboletas abanam as asas
no silêncio cristalino
meus versos inflamarão
em todas constelações
nacos da minha alma
crepúsculo –
após uma vida curta
a noite se alonga...