terça-feira, 29 de março de 2011

Tudo tem seu tempo. Tudo tem uma razão. Tudo tem um motivo.


"Acho que eu passo muito pouco tempo no presente. Passo grande parte dele no passado, mas a maior parte do tempo estou tentando adivinhar o futuro. É a minha tentativa desesperada de conseguir algum controle sobre algo que não posso controlar."


Não, não vou escrever de novo sobre futuro, afinal, já sei que a única coisa que posso fazer é entregar a Ele e relaxar.



Vou falar sobre o presente e o quanto ele não seria tão bom como é se tudo o que eu já pedi e implorei há tempos atrás estivesse acontecendo. Pelo fato de sempre pensar no futuro, antigamente pedia coisas para hoje (e vejo: eram absurdas!). Dá pra entender?



É.. acho que nem eu entendo direito!



É como se fosse assim:eu queria (no auge dos meus cinco anos) ser professora e tinha certeza de que seria, todo meu futuro já estava planejado... até eu mudar de ideia!

Depois, quando me pediam: "o que tu quer ser quando crescer?" na hora já pensava: modelo! E não respondia "quero ser..." já falava "vou ser..."



Quando quero algo sou muito decidida e fico braba quando as coisas não dão certo, ou aparentam não dar certo.

Quero algo e quero agora! Peço, peço e depois de um tempo percebo que foi melhor que as coisas não aconteceram mesmo. Fico muito feliz que Deus não atendeu todos os meus desejos do passado e agora, consigo enxergar claramente que Ele tem um plano mesmo.



Hoje percebo o quanto foi bom não ter viajado como modelo, o quanto é bom ter pais sempre "no pé" e amigas sinceras.





Ainda bem que tudo muda, e muda rápido (:





Quero crer que os caminhos de Deus são sempre certos, sem tentar descobrir coisas por conta própria ou fazer minhas regras.




Um comentário:

  1. céu de vidro


    o tempo me (ex)pulsou
    a vida inteira
    e mudo estou
    para explodir em versos
    ao vento ligeiro

    não quero o céu profundo
    dentro em mim mas o que inflama
    toda a poesia que arde em chamas

    um jardim para meu fim:
    rumores de asas flores pássaros
    sobre todas as cinzas

    pedras sobre a terra
    pela última vez dispostas
    nos poros desatados deste corpo

    por trás dos sonhos
    sinto-me leve de meus pulsos
    que gritam toda a nódoa do mundo

    quem quiser saber o que fui
    afogue-se em meus poemas

    nesta manhã desventrada dos céus - o silêncio -
    ouço apenas o silêncio

    o tempo é escasso
    e quando o sol se pôr
    estarei livre dos sonhos
    de meus versos guardados

    tudo se esvai - até a dor do poema -

    a cova arde
    como um inferno de dante
    ah ! dirão: covarde

    e por toda (p)arte
    o meu amor é preciso

    agora um f(r)io denso me invade

    e por toda parte
    é o meu amor preciso

    - quero inventar um poema:

    um vento de seda -
    borboletas abanam as asas
    no silêncio cristalino

    meus versos inflamarão
    em todas constelações
    nacos da minha alma

    crepúsculo –
    após uma vida curta
    a noite se alonga...

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